O Grito Silencioso


O filme "O Grito Silencioso" foi produzido em 1985 pelo Dr. Bernard D. Nathanson, médico americano que chegou a ser conhecido pela alcunha de "Rei do Aborto" por seu papel desempenhado na legalização do aborto nos Estados Unidos. 

O Dr. Nathanson chegou a afirmar ter feito pessoalmente mais de cinco mil abortos. Até que surgiu a ultrassonografia. O aparelho de ultrassom foi a peça decisiva na mudança de vida do médico que, de maior abortista americano, passou a ativista pró-vida.

O filme "O Grito Silencioso" retrata de maneira inequívoca o que o Dr. Bernard Nathanson enxergou no útero de sua paciente que o fez mudar radicalmente. NÃO RECOMENDADO A PESSOAS SENSÍVEIS

O documentário mostra o sofrimento de um feto abortado. Mostra a luta de alguém indefensável. Espero que reflita em sua vida! 

DIGA NÃO AO ABORTO E SIM A VIDA 

A Navalha de Ockam prova que Deus não existe?


A navalha de Ockham é um princípio lógico com autoria atribuída ao frade franciscano Guilherme de Ockham (ou “Occam”, segundo algumas grafias).  É descrito, de forma simplificada, como o “princípio da parcimônia” ou, em latim, Entia non sunt multiplicanda praeter necessitatem (“Entidades não devem ser multiplicadas além da necessidade” – a resposta mais simples é a melhor). É de uso de frequente na aplicação do método científico e, algumas vezes, neo-ateus tentam usar esse princípio para descartar a existência de Deus. Um exemplo da tentativa de aplicação pode ser vista abaixo:

1) A navalha de Ockham indica que devemos optar por não multiplicar causas (“explicação mais simples”).
2) O Universo existe.
4) A existência de uma causa primeira para o Universo (i.e. “Deus”)seria uma “adição” ao número de causas que conhecemos.
5) Logo, é desnecessário achar que há uma Causa Primeira para o Universo. Ele está aí e isso é tudo.
6) Logo, Deus, quase com certeza, não existe.

O raciocínio exposto, logicamente, não é válido e contém um erro CRASSO.

A navalha de Ockham é um princípio que propõe que não se multiplique ALÉM da necessidade, não para pararmos de fazer relações causais, como o do debatedor acima assinala. Da mesma forma que seria simplesmente absurdo se, por exemplo, encontrássemos uma estátua gigantesca no meio da Amazônia e resolvêssemos a questão dizendo: “Ok, temos a estátua, ela está aí e isso é tudo”. É claro que podemos avançar e construir um raciocínio como “A causa dessa estátua é ação de um grupo de humanos que vivia nesse local há algum tempo”. O uso exagerado seria “A causa dessa estátua é a ação de vários grupos humanos de várias localidades do planeta que, por algum acaso, estiveram todos aqui durante um breve período de tempo”. Por uma questão de simplicidade, a primeira hipótese levaria vantagem na elaboração da pesquisa (embora isso não seja, de forma definitiva, uma refutação para a segunda hipótese).

Para investigarmos se houve uma causa primeira para o Universo, temos que avaliar se as premissas que levam à conclusão são verdadeiras, não dizer “Não precisa e pronto”, o que constituiria uma aplicação falaciosa do princípio de Ockham.

O mau uso de conceitos como a navalha não chegam a surpreender, pois são consequências da popularização dessas idéias, como explica o site cético Projeto Ockham:

"Como todo princípio científico mal compreendido e vulgarizado pela repetição (E=mc2, entropia, caos, herança genética, etc), a Navalha de Ockham se tornou um bordão utilizado indevidamente por leigos e por céticos ansiosos demais em descartar explicações incomuns. (…) Sendo assim, o princípio da economia de Ockham se revela uma diretriz, não uma regra; uma indicação de qual caminho seguir, não um sentido obrigatório; ou seja, apenas bom senso sistematizado, que no fundo é tudo do que trata o método científico."

Conclusão
Não é uma técnica de uso frequente, mas, de qualquer maneira, é importante estar ciente dela. O método de refutação é explicar que a Navalha é um princípio de ordem prática para evitar a multiplicação desnecessária para uma hipótese, não que simplesmente devemos parar de procurar explicações para a existência de algo.

Fonte: 
Quebrando o encanto do neo-ateísmo

O Acaso



"Acaso" para Aristóteles e outros filósofos clássicos era apenas a interseção fortuita de duas ou mais linhas de causalidade. Nos tempos modernos, no entanto, o termo assumiu dois significados diferentes. Alguns vêem o acaso como a ausência de qualquer causa. Como Mortimer Adler afirmou, alguns interpretam o acaso como “o que acontece sem nenhuma causa — o absoluto espontâneo ou fortuito” (Sproul, xv).

Outros vêem o acaso como a grande causa, apesar de ser cega, e não-inteligente. Os naturalistas e materialistas geralmente falam dessa maneira. Por exemplo, desde David Hume, o argumento teleológico tem sido confrontado pela alternativa de que o universo resultou do acaso, não da criação inteligente. Apesar de o próprio Hume não tê-lo feito, alguns entenderam que isso significava que o universo foi causado pelo acaso, não por Deus.

O acaso, concebido ou pela falta de uma causa ou como a própria, causa, é incompatível com o teísmo. Enquanto o acaso reinar, Arthur Koestler observou,“Deus é um anacronismo” (ibid., p. 3). A existência do acaso tira Deus do seu trono cósmico. Deus e o acaso são mutuamente excludentes. Se o acaso existe, Deus não está no controle total do universo e não pode existir um Criador inteligente.

A definição da palavra acaso depende parcialmente da cosmovisão a emprega. Dois usos geralmente são confundidos quando falamos sobre a origem das coisas: acaso como probabilidade matemática e acaso como causa real. O primeiro é apenas abstrato. Quando um dado é jogado, as chances são de um em seis que dará o número seis. A probabilidade é de 1 em 36 que dê seis nos dois dados e 1 em 216 que dê três seis se jogarmos três dados. Essas são probabilidades matemáticas. Mas o acaso não fez que os três dados dessem seis. O que interferiu foi a força e o ângulo do lançamento, a posição inicial na mão, como os dados bateram contra objetos na sua trajetória e outros resultados da inércia. O acaso não teve influência sobre o processo. Como Sproul disse: “O acaso não tem o poder de fazer nada. Ele é cósmica, total e completamente impotente” (ibid., p. 6).

Para que ninguém pense que “viciamos” os dados ao citar um teísta, veja as palavras de Hume:

"O acaso, quando examinado estritamente,é apenas uma palavra negativa, e não significa qualquer poder real que tenha existência em qualquer parte’. [...] “Apesar de não haver acaso no mundo, nossa ignorância da causa real de qualquer evento tem a mesma influência na compreensão, e gera uma mesma espécie de crença ou opinião" (Hume, Seção 6).

Herbert Jaki, em God and the cosmologists (Deus e os cosmólogos), apresenta um capítulo penetrante intitulado “Dados viciados”. Ele se refere a Pierre Delbert, que disse: “O acaso aparece hoje como lei, a mais geral de todas as leis” (Delbert, p. 238).

Isso é mágica, não ciência. As leis científicas lidam com o regular, não o irregular (como o acaso é). E as leis da física não causam nada; apenas descrevem a maneira como as coisas acontecem regularmente no mundo como resultado de causas físicas. Da mesma forma, as leis da matemática não causam nada. Elas apenas insistem em que, se eu colocar 5 moedas no meu bolso direito e colocar mais 7, terei 12 moedas ali. As leis da matemática nunca colocaram uma moeda no bolso de ninguém.

O erro básico de fazer do acaso um poder causai foi bem colocado por Sproul: “1.O acaso não é uma entidade. 2. Não-entidades não têm poder porque não existem. 3. Dizer que algo acontece ou é causado pelo acaso é atribuir poder instrumental ao nada”. Mas é absurdo afirmar que nada produziu algo. O nada sequer existe e, logo, não tem poder para causar algo.

Nem todos os eventos do acaso acontecem por fenômenos naturais. Causas inteligentes podem iustapor-se ao “acaso”. Dois cientistas, trabalhando independentemente a partir de abordagens diferentes, fazem a mesma descoberta. Um ser racional enterra um tesouro. Outro o encontra por acaso ao cavar o alicerce de uma casa.

O que parece ser uma mistura aleatória não está necessariamente isento de propósito racional. Há um propósito racional por trás da criação de uma mistura aleatória de sequências numéricas num sorteio de loteria. Há um propósito racional para a mistura aleatória de dióxido de carbono que expelimos no ar à nossa volta; senão voltaríamos a respirá-lo e morreríamos de falta de ar. Nesse sentido, Deus, o Criador, e o acaso não são conceitos incompatíveis. Contudo, falar sobre a causa do acaso é absurdo.

Estritamente falando, o acaso não pode causar ou originar o Universo e a vida. Todo evento tem uma causa adequada. As escolhas são causas inteligentes ou causas não-inteligentes,causas naturais ou causas não- naturais. A única maneira de saber de qual delas se trata é pelo tipo de efeito produzido. Já que o universo manifesta criação inteligente, é razoável supor uma causa inteligente. O acaso ou a casualidade aparente (como a loteria ou a mistura de moléculas de ar) pode ser parte de um desígnio geral, inteligente, na criação.

Retirado do livro: "Enciclopédia de Apologética" - Norman Geisler - Editora Vida