"Felizes aqueles que creem sem ter visto!"
João 20:29
Na história da humanidade, nenhum outro ser foi tão comentado, adorado, amado, odiado e mais polêmico que Jesus Cristo. Seu nome está sempre entre os primeiros nos sites de pesquisas, sempre é citado em discursos e pesquisas cientificas. O livro que conta a sua história é o mais vendido no mundo. Para alguns ele é a salvação e para outros é um mito.
Porém, sua existência sempre foi negada por alguns pelo simples fato de Jesus ter contrariado as regras humanas e físicas. Ele foi diferente dos outros líderes religiosos, pois ele se autodeclarou ser Deus, nenhum outro líder fez isso, talvez por isso seja tão perseguido e tão desacreditado no mundo. Sócrates, filósofo grego, não deixou nada escrito, assim como Jesus, mas sua existência não é negada. Porque? Porque Jesus levantou inveja de ricos, de reis, de sacerdotes por se declarar Deus. Assim, todos queriam que ele fosse "excluído" da história, mas não conseguiram.
A única fonte sobre Jesus é a Bíblia, logo muitos tentam achar erros sobre o Mestre no Livro Sagrado Pegam versículos sem analisar o contexto e falam que as Escrituras são falsas. Para estas pessoas, todas as palavras da Bíblia precisam ser provadas historicamente para serem verdade. Mas será que Jesus é mesmo uma farsa? Não passa de apenas uma lenda? Não existe mais provas de Jesus fora da Bíblia?
Antes de começarmos, devemos ter em mente que o Jesus histórico e o Cristo da fé, são a mesma pessoa. O Cristo da fé só existe pois existiu o Jesus o histórico e só buscamos o Jesus histórico através do Cristo da fé!
Pois bem, existem sim e não são poucas não. Jesus não é citado somente na Bíblia, mas em muitos manuscritos de pessoas da época de Cristo. Mas a Bíblia ainda é o registro histórico mais bem comprovado em todas as esferas da evidência, tanto histórica como arqueológica e até mesmo cientificamente. Porém, para os que ainda duvidam isso não basta, é necessário mais provas. "Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o anticristo, o que nega o Pai e o Filho" (1 João 2:22). Vejamos então algumas citações fora da Bíblia sobre a pessoa de Jesus Cristo:
Tácito (55 - 120) foi um historiador e politico romano. Foi governador da Ásia por volta de 112 D.C e considerado um dos maiores historiadores da antiguidade. Em sua obra "Anais da Roma Imperial", ele descreve a perseguição de Nero aos cristãos e o incêndio em Roma, que seria causado pelo próprio imperador segundo ele: "Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judéia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela” - Tácito, Anais, XV, 44 trad. Pág 311,3.
Para Tácito, Jesus foi uma pessoa histórica e que morreu sob o comando de Pôncio Pilatos, conforme diz a Bíblia.
Mara Bar-Serapion foi um escritor sírio. É dele a primeira referência não cristã sobre Jesus Cristo, que está no Museu Britânico e data de 73d.C. A carta diz sobre as terríveis consequências de quem matou pessoas sabiás e inocentes, entre eles está Cristo: "Que vantagem os atenienses obtiveram em condenar Sócrates à morte? Fome e peste lhes sobrevieram como castigo pelo crime que cometeram. Que vantagem os habitantes de Samos obtiveram ao pôr fogo em Pitágoras? Logo depois sua terra ficou coberta de areia. Que vantagem os judeus obtiveram com a execução de seu sábio Rei? Foi logo após esse acontecimento que o reino dos judeus foi aniquilado. Com justiça Deus vingou a morte desses três sábios: os atenienses morreram de fome; os habitantes de Samos foram surpreendidos pelo mar; os judeus, arruinados e expulsos de sua terra, vivem completamente dispersos. Mas Sócrates não está morto; ele sobrevive nos ensinos de Platão. Pitágoras não está morto; ele sobrevive na estátua de Hera. “Nem o sábio Rei está morto; Ele sobrevive nos ensinos que deixou’”.
Para Mara Bar-Serapion, Cristo foi então o rei dos Judeus, confirmando mais uma vez a Bíblia. Na sua carta eletambém faz referencia de que o Evangelho do Rei foi colocado sobre a cruz de Jesus. Muitas pessoas dizem que Mara Bar - Serapion nunca existiu, mas este fato vou deixar para o final desta postagem.
Plínio, o moço (61 - 114) foi um orador e político da Bitinía. Era sobrinho neto de Plínio, o Velho um naturalista romano. Ele não cita Cristo como uma pessoa histórica e sim os cristãos. Esse relato acaba definitivamente com o "achismo" de algumas pessoas que acham que Cristo só veio a existir muitos séculos depois do primeiro. Na sua carta, ao imperador Trajano, ele diz que muitas pessoas estavam sendo mortas por se dizerem cristãs. As 122 cartas foram trocadas com o imperador Trajano sobre como lidar com a questão, e declara:“É meu costume, meu senhor, referir a ti tudo aquilo acerca do qual tenho dúvidas... Nunca presenciei a julgamento contra os cristãos... Eles admitem que toda sua culpa ou erro consiste nisso: que usam se reunir num dia marcado antes da alvorada, para cantar hino a Cristo como Deus... Parecia-me um caso sobre o qual devo te consultar, sobretudo pelo número dos acusados... De fato, muitos de toda idade, condição e sexo, são chamados em juízo e o serão. O contágio desta superstição invadiu não somente as cidades, mas também o interior; parece-me que ainda se possa fazer alguma coisa para parar e corrigir... " - Plínio, Epístola X, 97
E assim confirmamos com Plínio que os cristãos acreditavam que Cristo é Deus e se reuniam bem cedo, um dia por semana, para adorá-lo. Sua carta é reconhecida historicamente e não ficou sem resposta.
O imperador Trajano (53 - 117), foi imperador romano de 98 a 117 e foi durante seu reinado que o império atingiu sua máxima extensão. Em resposta a carta de Plínio, o imperador deu estas seguintes instruções: “No exame de denúncias contra feitos cristãos, querido Plínio, tomaste o caminho acertado. Não cabe formular regra dura e inflexível, de aplicação universal. Não se pesquise. Mas se surgirem outras denúncias que procedam, aplique-se o castigo, com essa ressalva de que se alguém negar ser cristão e, mediante a adoração dos deuses, demonstrar não o ser atualmente, deve ser perdoado em recompensa de sua emenda, por muito que o acusem suspeitas relativas ao passado...” - Documentos da Igreja Cristã, p. 30.
Os primeiros cristãos foram perseguidos violentamente pelo Império Romano o que nos faz crer ainda mais que Cristo não foi um mito ou uma lenda. Quem morreria por uma lenda ou algo que foi inventado?
Luciano de Samosata foi um satirista grego do século II. Ele foi um dos grandes perseguidores aos cristãos, chegando a ridiculariza-los. Ele disse também que a Bíblia não teria muito tempo de vida e que logo seria esquecida, mas como disse Jesus: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não passarão" (Mateus 24:35). Ele menciona Jesus como o "sofista crucificado": “... o homem que foi crucificado na Palestina porque introduziu uma nova seita no mundo... Além disso, o primeiro legislador dos cristãos os persuadiu de que todos eles seriam irmãos uns dos outros, após terem finalmente cometido o pecado de negar os deuses gregos, adorar o sofista crucificado e viver de acordo com as leis que ele deixou.” - O Peregrino Passageiro.
Luciano além de provar a historicidade de Cristo, também prova que o primeiro cristãos já acreditavam na vida eterna e por isso não tinham medo da morte.
Suetônio (69-141) foi um escritor latino e ele também faz referência aos primeiros cristãos e a Jesus Cristo, em sua obras Vida dos Doze Césares publicada nos anos 119-122: "O Imperador Cláudio expulsou de Roma os Judeus que viviam em contínuas desavenças por causa de um certo Cresto” "Cresto" é uma variante da palavra Cristo. Suetônio ainda diz: “Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício” e "Nero infligiu castigo aos cristãos, um grupo de pessoas dadas a uma superstição nova e maléfica"Através dos relatos de Suetônio podemos ver que os primeiros cristãos foram duramente perseguidos, como os outros relatos, e que eles acreditavam em "um certo Cristo".
Talo foi um escritor que viveu por volta de 52 d.C. Mas muitos de seus escritos foram perdidos e só temos conhecimento de algumas partes citadas por outros escritores, entre eles Julio Africano, que foi um historiador cristão do século II. Julio escreve: "Talo, no terceiro dos livros que escreveu sobre a história, explica essa escuridão como um eclipse do sol - o que me parece ilógico (é claro que é ilógico, pois um eclipse solar não poderia acontecer em época de lua cheia, e foi na época da lua cheia da Páscoa que Cristo morreu)"
É através deste relato de Talo que as Escrituras são confirmadas mais uma vez. A Bíblia claramente diz que Cristo morreu na época da Páscoa e que uma grande escuridão cobriu a Terra (Lucas 23:44; Mateus 27:45; Marcos 15:33).
Pôncio Pilatos foi governador da Judeia de 26 a 36 d.C. Pouco se sabe dele, mas sua historicidade nunca foi negada. Ele escreveu uma carta ao imperador Tibério na época da crucificação de Jesus. As cópias da carta estão na Biblioteca Congressional de Washington: "Um jovem homem apareceu na Galiléia que prega com humilde unção, uma nova lei no nome do Deus que o teria enviado. No princípio estava temendo que seu desígnio fosse incitar as pessoas contra os romanos, mas meus temores foram logo dispersados. Jesus de Nazaré falava mais como um amigo dos romanos do que dos judeus. Um dia observava no meio de um grupo um homem jovem que estava encostado numa árvore, para onde calmamente se dirigia a multidão. Me falaram que era Jesus. Este eu pude facilmente ter identificado tão grande era a diferença entre ele e os que estavam lhe escutando. Os seus cabelos e barba de cor dourada davam a sua aparência um aspecto celestial. Ele aparentava aproximadamente 30 anos de idade. Nunca havia visto um semblante mais doce ou mais sereno. Que contraste entre ele e seus portadores com as barbas pretas e cútis morenas! Pouco disposto a lhe interromper com a minha presença, continuei meu passeio mas fiz sinal ao meu secretário para se juntar ao grupo e escutar. Depois, meu secretário informou nunca ter visto nos trabalhos de todos os filósofos qualquer coisa comparada aos ensinos de Jesus. Ele me contou que Jesus não era nem sedicioso nem rebelde, assim nós lhe estendemos a nossa proteção. Ele era livre para agir, falar, ajuntar e enviar as pessoas. Esta liberdade ilimitada irritou os judeus, não o pobre mas o rico e poderoso". É através deste relato de Talo que as Escrituras são confirmadas mais uma vez. A Bíblia claramente diz que Cristo morreu na época da Páscoa e que uma grande escuridão cobriu a Terra (Lucas 23:44; Mateus 27:45; Marcos 15:33).
Outro historiador que cita uma grande escuridão na época em que Cristo foi crucificado foi Flegão, um historiador do primeiro século. Como Talo, ele é citado por terceiros, mas sua historicidade é confirmada historicamente. Ele diz: "Durante o tempo de Tibério César, ocorreu um eclipse do sol durante a lua cheia". Julio Africano também diz sobre Flegão: "Flêgão mencionou o eclipse que aconteceu durante a crucificação do Senhor Jesus Cristo e não algum outro eclipse; está claro que ele não tinha conhecimento, a partir de suas fontes, de qualquer eclipse (semelhante) que tivesse anteriormente ocorrido... e isso se vê nos próprios relatos históricos sobre Tibério César”
Flegão também confirma que houve um grande eclipse na mesma época em que Cristo foi crucificado.
Justino, o mártir foi um teólogo do segundo século e se converteu a cristianismo. Ele diz sobre os primeiros cristãos: “No dia dito do Sol todos se reúnem no mesmo lugar, quer habitem nas cidades, quer nos campos; são lidas as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, segundo o tempo disponível. Quando o leitor termina, presidente da assembléia, com um discurso, nos convida e exorta à imitação daqueles belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e fazemos preces; e, como já dissemos, terminada a prece, são trazidos pão, vinho e água, e o presidente da assembléia eleva também ao céu preces e ações de graças com todas as suas forças, enquanto o povo responde dizendo amém; e se realiza a distribuição e repartição dos elementos sagrados, que por meio dos diáconos são enviados também aos que não estão presentes. As pessoas de posse e bem dispostas oferecem tudo o que desejam; o que foi recolhido é depositado junto ao presidente [da assembléia], que ajuda os órfãos, as viúvas, os doentes, os presos, os estrangeiros que estão de passagem; numa palavra, ele socorre todos os que precisam”
Flegão também confirma que houve um grande eclipse na mesma época em que Cristo foi crucificado.
Justino, o mártir foi um teólogo do segundo século e se converteu a cristianismo. Ele diz sobre os primeiros cristãos: “No dia dito do Sol todos se reúnem no mesmo lugar, quer habitem nas cidades, quer nos campos; são lidas as memórias dos apóstolos ou os escritos dos profetas, segundo o tempo disponível. Quando o leitor termina, presidente da assembléia, com um discurso, nos convida e exorta à imitação daqueles belos exemplos. Em seguida, levantamo-nos todos juntos e fazemos preces; e, como já dissemos, terminada a prece, são trazidos pão, vinho e água, e o presidente da assembléia eleva também ao céu preces e ações de graças com todas as suas forças, enquanto o povo responde dizendo amém; e se realiza a distribuição e repartição dos elementos sagrados, que por meio dos diáconos são enviados também aos que não estão presentes. As pessoas de posse e bem dispostas oferecem tudo o que desejam; o que foi recolhido é depositado junto ao presidente [da assembléia], que ajuda os órfãos, as viúvas, os doentes, os presos, os estrangeiros que estão de passagem; numa palavra, ele socorre todos os que precisam”
Porém este não é o principal relato de Justino. Por volta de 150, ele diz ao imperador Antonio Pio que ele consulte o relato de Pilatos, o qual Justino afirma que devia estar guardado nos arquivos imperiais. Ele diz que as palavras "transpassaram meus pés e mãos’ são uma descrição dos cravos que prenderam suas mãos e pés na cruz; e depois de o crucificarem, aqueles que o crucificaram sortearam suas roupas e dividiram-nas entre si. E se tais coisas assim aconteceram, poderás verificar nos 'Atos' que foram escritos no governo de Pôncio Pilatos". Posteriormente ele diz: "Poderás facilmente conferir nos 'Atos' de Pôncio Pilatos que Ele realizou esses milagres"
Tertuliano (160-220) foi um jurista e teólogo de Cartago. É dele alguns dos principais documentos sobre os primeiros tempos do Cristianismo. Em 197, ao fazer uma defesa ao Cristianismo, ele escreveu: "Portanto, naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo. O Senado, por não haver dado ele próprio a aprovação, rejeitou a proposta. César manteve sua opinião, fazendo ameaças contra todos os acusadores dos cristãos"
É através de Tertuliano que descobrimos que já nos primeiros tempos, os cristãos já estavam entre os principais assuntos do Império e que Tibério César já estava a favor de Jesus Cristo.
Existe também uma suposta carta de um suposto governador da Judéia, antes de Pilatos, chamado Públio Lêntulo, ao senado romano. Porém nada se sabe ao seu respeito e sua própria historicidade é duvidosa. A doutrina espirita acredita em sua existência histórica, mas nada se sabe a respeito. A sua suposta carta está na biblioteca do Vaticano, onde está escrito: "Apareceu nestes nossos dias um homem, da nação Judia, de grande virtude, chamado Yeshua, que ainda vive entre nós, que pelos Gentios é aceito como um profeta de verdade, mas os seus próprios discípulos chamam-lhe o Filho de Deus - Ele ressuscita o morto e cura toda a sorte de doenças. Um homem de estatura um pouco alta, e gracioso, com semblante muito reverente, e os que o vêem podem amá-lo e temê-lo; seu cabelo é castanho, cheio, liso até as orelhas, ondulado até os ombros onde é mais claro. No meio da cabeça os cabelos são divididos, conforme o costume dos Nazarenos. A testa é lisa e delicada; a face sem manchas ou rugas, e avermelhada; o nariz e a boca não podem ser repreendidos; a barba é espessa, da cor dos cabelos, não muito longa, mas bifurcada; a aparência é inocente e madura; seus olhos são acinzentados, claros, e espertos - reprovando a hipocrisia, ele é terrível; admoestando, é cortês e justo; conversando é agradável, com seriedade. Não se pode lembrar de alguém tê-lo visto rir, mas muitos o viram lamentar. A proporção do corpo é mais que excelente; suas mãos e braços são delicados ao ver. Falando, é muito temperado, modesto, e sábio. Um homem, pela sua beleza singular, ultrapassa os filhos dos homens. De letras, faz-se admirar de toda cidade de Jerusalém, ele sabe todas as ciências e nunca estudou nada. Ele caminha descalço e sem coisa alguma na cabeça. Muitos se riem, vendo-o assim, porém em sua presença, falando com ele, tremem e admiram. Dizem que um tal homem nunca fora ouvido por estas partes. Em verdade, segundo me dizem os hebreus, não se ouviram jamais tais conselhos de grande doutrina, como ensina este Jesus; muitos judeus o têm como divino e muitos me querelam, afirmando que é contra lei de Tua Majestade; eu sou grandemente molestado por estes malignos hebreus. Diz-se que este Jesus nunca fez mal a quem quer que seja, mas, ao contrário, aqueles que o conhecem e com ele o têm praticado, afirmam ter dele recebido grandes benefícios e saúde, porém à Tua obediência estou prontíssimo, aquilo que Tua Majestade ordenar será cumprido”
Porém, como disse antes, não se sabe quase nada sobre Lêntulo. Porém em sua carta, é possivel ver a "personalidade de Cristo", onde ele diz que Cristo chorava muito. Chorava devido a humanidade, que não o reconhecia como o Filho de Deus.
"...Depois, escrevi a Jesus lhe pedindo uma entrevista no Praetorium. Ele veio. Quando o Nazareno apareceu eu estava em meu passeio matutino e ao deparar com ele meus pés pareciam estar presos com uma mão de ferro no pavimento de mármore e tremi em cada membro como um réu culpado, entretanto ele estava tranqüilo. Durante algum tempo permaneci admirando este homem extraordinário. Não havia nada nele que fosse rejeitável, nem no seu caráter, contudo eu sentia temor na sua presença. Eu lhe falei que havia uma simplicidade magnética sobre si e que a sua personalidade o elevava bem acima dos filósofos e professores dos seus dias. Agora, ó nobre soberano, estes são os fatos relativos a Jesus de Nazaré e eu levei tempo para lhe escrever em detalhes estes assuntos. Eu digo que tal homem que podia converter água em vinho, transformar morte em vida, doença em saúde; tranqüilizar os mares tempestuosos, não é culpado de qualquer ofensa criminal e como outros têm dito, nós temos que concordar - verdadeiramente este é o filho de Deus
Seu criado mais obediente,
Pôncio Pilatos”
Pilatos descreve a aparência e a personalidade de Cristo. Outro documento, que está em um museu da Espanha, é o documento que provavelmente foi do processo de Cristo:
“No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano de todo o mundo, Monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro da Babilônia, no ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS; regente na Baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote, CAIFÁS; magnos do Templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO; cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME E SIXTO RUSTO, no mês de março e dia XXV do ano presente - EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do Império Romano, dentro do Palácio e arquiresidência, julgo, condeno e sentencio à morte, Jesus chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador TIBÉRIO CÉSAR. Determino e ordeno por esta, que se lhe dê morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI de ISRAEL, ameaçando com a ruína de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro da cidade de Jerusalém. Que seja ligado e açoitado, e que seja vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros para que sirva de exemplo a todos os malfeitores , e que, juntamente com ele, sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado CALVÁRIO, onde, crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas, este título: JESUS NAZARENUS, REX JUDEORUM. Mando, também, que nenhuma pessoa de qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano. Testemunhas da nossa sentença: Pelas doze tribos de Israel: RABAIM DANIEL, RABAM JOAQUIM BANICAR, BAN BASU, LARÉ PETUCULANI. Pelos fariseus: BULLIENIEL, SIMEÃO, RANOL, BABBINE, MANDOANI, BANCURFOSSI. Pelos hebreus: MATUMBERTO. Pelo Império Romano e pelo Presidente de Roma: LUCIO SEXTILO e AMACIO CHILICIO”
Pouco se sabe sobre este documento, mas ele é de extrema importância, pois quem condenaria alguém que não existe? Quem acha que Cristo é um mito, duvida de sua validade, mas existe muitos outros exemplos de documentos assim e que nunca foram questionados. Então porque só o de Cristo?
Abgar V de Edessa foi um rei do reino de Osroena e reinou entre 4 AC – 7 DC e de 13 – 50 DC e no século XIX foram encontradas em uma escavação na Turquia fragmentos de cartas do escrivão Labubna relatando viagens de Anan, secretário do rei Abgar V, que reinou do ano 13 ao 50 d.C. na cidade de Edessa, atual Urfa, na Turquia. O documento diz: “Abgar, toparca da cidade de Edessa, a Jesus Cristo, o excelente médico que surgiu em Jerusalém, salve! Ouvi falar de ti e das curas que realizas sem remédios. Contam efetivamente que fazes os cegos ver, os coxos andar, que purificas os leprosos, expulsas os demônios e os espíritos imundos, curas os oprimidos por longas doenças e ressuscitas os mortos. Tendo ouvido falar de ti tudo isso, veio-me a convicção de duas coisas: ou que és Filho daquele Deus que realiza estas coisas, ou que és o próprio Deus. Por isso escrevi-te pedindo que venhas a mim e me cures da doença que me aflige e venhas morar junto a mim. Com efeito, ouvi dizer que os judeus murmuram contra ti e te querem fazer mal. Minha cidade é muito pequena, é verdade, mas honrada e bastará aos dois para nela vivermos em paz” - GHARIB, Os Ícones de Cristo, p.43
Eusébio de Cesareia em sua obra "História Ecclesiastica" (325 AD) também disse que havia uma correspondência entre Cristo e Abgar, isso mostra a validade da carta. Engana - se quem pensa que Jesus não respondeu. Segundo Eusébio, Jesus teria respondido: "Felizes são vocês que acreditaram em mim sem ter me visto! Porque está escrito de mim que aqueles que me viu não vai acreditar em mim, e que aqueles que não me viu vai acreditar e viver.Quanto ao seu pedido de que eu deveria vir para você, devo concluir tudo o que eu fui enviado para fazer aqui, e sobre a conclusão deve ser imediatamente levado para aquele que me enviou.Quando foram retomadas vou enviar-lhe um dos meus discípulos a curar sua doença e trazer vida para você e aqueles com você". Anos depois, Tomé enviou um discípulo chamado Tadeu para curar e converter o rei.
Flavio Josefo (37-100) foi um famoso historiador judaico-romano do século I. Suas duas obras mais importantes são Guerra dos Judeus e
Antiguidades Judaicas e é nessa segunda que Josefo cita Jesus Cristo: “Naquela época vivia Jesus, homem sábio, se é que o podemos chamar de homem. Ele realizava obras extraordinárias, ensinava aqueles que recebiam a verdade com alegria e fez-se seguir por muitos judeus e gregos. Ele era o Cristo. E quando Pilatos o condenou à cruz, por denúncia dos maiorais da nossa nação, aqueles que o amaram antes continuaram a manter a afeição por ele. Assim, ao terceiro dia, ele apareceu novamente vivo para eles, conforme fora anunciado pelos divinos profetas a seu respeito, e muitas coisas maravilhosas aconteceram. Até a presente data subsiste o grupo dos cristãos, assim denominado por causa dele” - Antiquites, VIII, III
Flavio Josefo não citou apenas Jesus, mas pessoas ligadas a ele, como Tiago, o irmão de criação de Cristo: "Mas o jovem Anano, que, como já dissemos, assumia a função de sumo-sacerdote, era uma pessoa de grande coragem e excepcional ousadia; era seguidor do partido dos saduceus, os quais, como já demonstramos, eram rígidos no julgamento de todos os judus. Com esse temperamento, Anano concluiu que o momento lhe oferecia uma boa oportunidade, pois Festo havia morrido, e Albino ainda estava a caminho. Assim, reuniu um conselho de juízes, perante o qual trouxe Tiago, irmão de Jesus chamado Cristo, junto com alguns outros, e, tendo-os acusado de infração à lei, entregou-os para serem apedrejados" - Antiguidades
Ele também cita João Batista algumas vezes em seu escrito, confirmando mais uma vez a Bíblia Sagrada: “Vivia tão austeramente no deserto que só se vestia da casca das árvores e só se alimentava com o que a mesma terra produz; para se conservar casto banhava-se várias vezes por dia e de noite, na água fria; resolvi imitá-lo” - História dos Hebreus e também cita João em outro relato:"Vários julgaram que aquela derrota do exército de Herodes era um castigo de Deus, por causa de João, cognominado Batista. Era um homem de grande piedade, que exortava os judeus a abraçar a virtude, a praticar a justiça e a receber o batismo, depois de se terem tornado agradáveis a Deus, não se contentando em só não cometer pecados, mas unindo a pureza do corpo à pureza da alma. Assim como uma grande multidão de povo o seguia para ouvir a sua doutrina, Herodes, temendo que o poder que ele tinha sobre eles viesse a suscitar alguma rebelião, porque eles estavam sempre prontos a fazer o que ele lhes ordenasse, julgou dever prevenir o mal para não ter motivo de se arrepender por ter esperado muito para remediá-lo. Por esse motivo mandou prendê-lo numa fortaleza de Maquera, de que acabamos de falar, e os judeus atribuíram essa derrota de seu exército a um castigo de Deus por um ato tão injusto” - Antiguidades Judaicas.
Existem muitos outros escritores que citam Jesus Cristo como Celso e Hierócles, mas se fossemos citar todos, essa postagem não teria fim e por isso só citamos os escritores mais conhecidos.
O que não creem dizem que todas essas provas que apresentamos nesta postagem são falsas ou foram modificadas ao longo do tempo. Mas seus argumentos não estão apoiados em base histórica e cientifica, mas apenas em achismos.
Mas nós, do blog No Caminho do Mestre vamos mostrar provas de que esses escritos não foram falsificados. Tomemos como exemplo os escritos de Flávio Josefo, o mais famoso de todos os relatos. O relato de Josefo é sempre tido como falso, mas só na parte em que cita Jesus Cristo, ou seja o primeiro que apresentamos aqui. Seguindo a lógica dos céticos, então a parte que fala que Tiago era "irmão" de Jesus não é e por isso eles se contradizem e acabam admitindo que Jesus realmente existiu, pois ninguém é irmão de quem não existe.
Mas será mesmo que a parte em que eles falam que foi falsificada foi realmente adulterada? Não existe nada que prove isso, pelo contrário tudo leva a crer que ele realmente é verdadeiro. Segundo os que não creem, ele foi adulterado pelos cristãos. Mas devemos lembrar que no começo, os cristãos foram violentamente perseguidos e que não tinham poder para nada. Certamente os escritos de Josefo foram copiados e passados para diferentes povos, como os árabes. Lógico que até a Igreja ter o poder que teve na Idade Média, os escritos já tinham chegado a quase todo mundo conhecido e por isso teria muitas cópias, então será mesmo que os primeiros cristãos conseguiriam adulterar todas as cópias? Por isso muitos historiadores recorrem ao texto árabe, que muitos dizem ser o texto verdadeiro. O problema para os céticos e ateus é que o texto árabe também cita Jesus: “Naquela época vivia Jesus, homem sábio, de excelente conduta e virtude reconhecida. Muitos judeus e homens de outras nações converteram-se em seus discípulos. Pilatos ordenou que fosse crucificado e morto, mas aqueles que foram seus discípulos não voltaram atrás e afirmaram que ele lhes havia aparecido três dias após sua crucificação: estava vivo. Talvez ele fosse o Messias sobre o qual os profetas anunciaram coisas maravilhosas” - Antiquites, VIII, III
As diferenças são minimas e sempre vão existir em diferentes traduções. A maior delas é que um Josefo diz que Jesus era o Messias e na outra ele diz que talvez ele fosse o Messias. Um sábio israelita, Shlomo Peres, estudou esses diferentes manuscritos e considera ter atingido a "versão mínima" de Flávio Josefo: "Nesse tempo vivia um sábio chamado Jesus. Comportava-se de uma maneira correta e era estimado pela sua virtude. Muito foram os que, tanto Judeus como pessoas de outras nações, se tornaram seus discípulos. Pilatos condenou-o a ser crucificado e a morrer. Mas aqueles que se tinham tornado seus discípulos não deixaram de seguir a sua doutrina: contaram que ele lhes tinha aparecido três dias depois da sua crucifixão e que estava vivo. Provavelmente ele era o Messias sobre quem os profetas contaram tantas maravilhas"
Muitos dizem que os escritores em questão nunca existiram como Mara Bar-Serapion, mas será isto verdade? Qual o objetivo de alguém inventar um escritor? Logo seria desmascarado não é mesmo. Não possui lógica nenhuma este argumento.
Portanto, por mais que alguns neguem, Jesus Cristo se encarnou (João 1:14) e veio para nos salvar (João 3:16-17) e isto é inegável, tanto na área religiosa como na histórica e cientifica.
Distorção estúpida e mentirosa.
ResponderExcluirCristãos sempre mentido e manipulando.
Aff
Nota 1000 pelo texto.
ResponderExcluirParabéns pela postagem. Com toda a certeza é um ótimo instrumento de formação! :D
ResponderExcluirfoda-se
ResponderExcluirÓtima a sua postagem, Parabéns!!! é muito útil pra quem procura estudar seguindo não só a fé mas também a história.
ResponderExcluirOs meses judeus são lunares, e começavam sempre pela lua nova,a crucificação ocorreu em 14 de Nissã (calendário judaico), ou seja, quatorze dias depois da lua nova, quando já era lua cheia. Por outro lado, sabemos que o sacrifício de Jesus se deu durante o Pêssach (Páscoa), que sempre ocorre nas luas cheias. Assim, como os eclipses do Sol só acontecem na lua nova, o escurecimento da crucificação não poderia ter sido causado por um eclipse solar.
ResponderExcluirTemos um equívoco em uma dessas citações aí!
https://metaetica.blogspot.com.br/p/escritores-contemporaneos-de-jesus.html
ResponderExcluirmuito bom, que Jesus abençoe vocês do blog
ResponderExcluirExplendido!
ResponderExcluirMuito bom, fontes muito confiáveis
ResponderExcluirÓtima pesquisa e estudo. Excelente. Parabéns mesmo.
ResponderExcluirSe alguém tem dúvida e acha que merece algum valor, prove. Faça uma prova. Não se esqueça que mesmo tendo uma vida boa, 60 anos ja cansam este corpo. A promessa de Deus é vida eterna, corpo glorificado. Assim, acho que merece especial atenção este tema.
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