Muitos cristãos têm ficado
perturbados recentemente diante de um grupo conhecido como o "Seminário de
Jesus" (Jesus Seminar) que tem feito declarações bizarras com relação ao NT, lançando
dúvidas sobre 82% daquilo que os evangelhos atribuem a Jesus. Um de seus
membros, John Dominic Crossan, foi tão longe a ponto de negar a ressurreição,
declarando que Jesus fora sepultado numa cova rasa, escavada por cães, e teve
seu corpo comido por eles! Mas o assim chamado Seminário de Jesus não fala em
favor do Jesus real. Existem, pelo menos, sete razões para essa conclusão.
O grupo errado. O Seminário de Jesus, criado em 1985, é composto por mais de 70
"estudiosos", em grande maioria, da ala radical. Alguns são ateus, e
outros não são nem mesmo estudiosos (um deles é produtor de cinema). Robert
Funk, ateu e fundador do grupo, reconheceu a natureza radical de sua obra
quando afirmou: "Estamos pondo à prova aquilo que é mais sagrado para
milhões e, por conseqüência, estaremos constantemente à beira da blasfêmia. Essa é uma revelação precisa.
A motivação errada. Como o próprio grupo admite, seu objetivo é criar um novo Jesus "fictício",
o que envolve a desconstrução da antiga imagem de Jesus nos evangelhos e a
reconstrução de uma que atenda ao homem moderno. Em vista disso, ninguém
deveria olhar para sua obra em busca do Jesus real. Eles estão fazendo um Jesus
à sua própria imagem. Além disso, sua obra está
manchada pela declarada busca de publicidade. Eles admitiram: "Vamos
tentar realizar nossa obra à vista de todos. Não apenas vamos honrar a
liberdade de informação, mas também insistiremos na revelação pública de nossa
obra'. Sendo mais claro, o Seminário de Jesus procurou publicidade desde o início. Uma
coletiva de TV;
diversos artigos, entrevistas na
imprensa, fitas e até mesmo um possível filme são indicações adicionais de seu
objetivo mercadológico.
O procedimento errado. Seu procedimento é preconceituoso, tentando determinar a verdade pelo
voto da maioria. Esse método não é melhor hoje do que quando a maioria das
pessoas acreditava que a Terra era quadrada. Ter 70 "estudiosos"
consideravelmente radicais votando sobre aquilo que Jesus disse é o mesmo que
dar aos 100 deputados mais liberais do Congresso a chance de votar a favor da
elevação dos impostos!
Os livros errados. A alternativa do Seminário de Jesus baseia-se, em parte, em um
hipotético "Evangelho de Q" [do alemão Quelle,
que significa fonte] e em
um Evangelho de Tomé, do século lI, escrito por
hereges gnósticos. Além de tudo isso, o Seminário apela para um não existente Marcos
secreto. O resultado é que o Evangelho de Tomé, apócrifo e do século
lI, é considerado mais autêntico do que Marcos e João, mais antigos.
As pressuposições erradas. Suas conclusões estão baseadas em pressuposições
radicais, uma das quais é a sua injustificada rejeição aos milagres. Se Deus
existe, então os milagres são possíveis. Conseqüentemente, qualquer rejeição, a
priori, aos milagres é uma rejeição à existência de Deus. À luz de seu ateísmo implícito, não seria de surpreender
que eles rejeitem o Jesus dos evangelhos. Além disso, suas conclusões
estão baseadas na pressuposição infundada de que o cristianismo foi
influenciado por religiões de mistério. Mas isso não poderia ter acontecido pois os autores monoteístas judaicos das Escrituras não
teriam usado fontes pagãs politeístas e não poderiam depender de fontes posteriores
ao seu tempo.
As datas erradas. Eles postulam datas posteriores injustificadas para os quatro evangelhos
(provavelmente entre os anos 70 e 100 d.C). Ao fazerem isso, acreditam que são
capazes de criar tempo suficiente para concluir que o Novo Testamento é
composto por mitos sobre Jesus. O Novo Testamento, porém, é antigo e contém fonte de material ainda mais
antiga.
As conclusões erradas. Destruída a base para o Jesus real dos evangelhos, o
Seminário de Jesus não tem um acordo real sobre quem Jesus realmente foi: um
cínico, um sábio, um reformador judeu, um feminista, um mestre-profeta, um
profeta social radical ou um profeta escatológico. Não há surpresa em
considerar-se que alguma coisa feita pelo grupo errado, que faz uso do
procedimento errado, baseada nos livros errados, fundamentada em pressuposições
erradas e que emprega as datas erradas chegue à conclusão errada!
Retirado do Livro "Não tenho fé o suficiente para ser ateu" de Norman Geisler e Frank Turek
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