Jesus foi inventado?


Ataques ao Cristianismo são frequentes desde sua origem. Alguns dizem que Jesus Cristo foi um mito inventado para governar. Mas as pessoas que fazem essa e outras afirmações não conhecem nada de religião e muito menos de história. Seria mesmo Jesus uma fábula?

Já mostramos aqui que Jesus não é citado apenas na Bíblia, mas em outras fontes não-cristãs e que todas elas são tomadas como verdadeiras pelos historiadores. Todas essas fontes são de um período de até 150 anos após a morte de Jesus. Tibério César, imperador romano da época de Jesus (14 - 37 d.C) é citado em  10 fontes nesse mesmo tempo, enquanto Jesus é citado em 43 (em ambos os casos, tanto em fontes bíblicas e não bíblicas).¹ Jesus tem mais registros que um imperador! Portanto a teoria que Jesus nunca existiu é inadmissível.

Uns podem até dizer que não temos cópias precisas dos livros originais que compõem o Novo Testamento. É verdade que não foram encontrados os originais dos textos, temos apenas cópias chamadas de manuscritos. Mas ainda sim, o Novo Testamento melhor documentado do que todos os outros textos antigos. De acordo com a última contagem, existem cerca de 5.700 manuscritos gregos do NT escritos à mão. Além disso, existem mais de 9 mil manuscritos em outras línguas. A obra mais próxima é a llíada, de Homero, com 643 manuscritos. ² Nenhum outro livro antigo é tão bem autenticado. O grande estudioso do NT e professor da Universidade de Princeton, Bruce Metzger, estimou que o Mahabharata, do hinduísmo, foi copiado com apenas 90% de precisão e que a Ilíada de Homero, com cerca de 95%. Por comparação, ele estimou que o NT é cerca de 99,5% preciso. E olha que o Novo Testamento não é um livro apenas, mas um conjunto de 27 livros. ³ 

Mas será que Jesus fez mesmo o que está na Bíblia? Tomemos apenas as fontes não bíblicas. Através delas sabemos que Jesus: Viveu durante o tempo de Tibério César; Ele viveu uma vida virtuosa; Realizou maravilhas; Foi aclamado como Messias; Foi crucificado a mando de Pôncio Pilatos; Foi crucificado na véspera da Páscoa judaica; Trevas e um terremoto aconteceram quando ele morreu; Seus discípulos acreditavam que ele ressuscitara dos mortos; Seus discípulos estavam dispostos a morrer por sua crença; O cristianismo espalhou-se rapidamente, chegando até Roma;  Seus discípulos negavam os deuses romanos e adoravam Jesus como Deus. 

Mas se Jesus não fez realmente o que está escrito na Bíblia, porque os discípulos morreriam por isso? Quem seria capaz de morrer por uma mentira que eles mesmos inventaram? Ninguém não é mesmo. Eles poderiam muito bem ter dito que tudo era mentira e assim poupariam suas vidas, mas não foi isso que aconteceu.

Se Jesus realmente nunca existiu, o que fez Saulo de Tarso, judeu convicto e perseguidor dos primeiros cristãos, a se converter e se tornar um exemplo de cristão? O que fez os primeiros apóstolos se converterem sendo que eles já possuíam uma religião e acreditam ser o povo escolhido? Nada pode responder essas perguntas se Jesus não for o Filho de Deus.

Os primeiros cristãos estavam realmente convictos daquilo que testemunhavam que chegaram a debater com autoridades: São Paulo encara o rei Agripa I e o governador Festo em um tribunal (At 26). São Pedro e outros apóstolos também discutiram com as autoridades judaicas que enfurecidas quase os mataram (At 5:27-35). Quem debateria com autoridades por uma mentira? O risco que Paulo, Pedro e os outros apóstolos correram para afirmar que estavam dando um depoimento como testemunhas oculares certamente sugere que estavam dizendo a verdade.

Portanto a afirmação que Jesus é uma fraude não procede. Sendo assim, devemos reconhecer que Ele é o Filho de Deus, o Messias que veio para nos libertar!
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¹ - Gary HABERMAS & Michael LICONA. The Case for the Resurrection of Jesus. Grand Rapids, Mich.: Kregel Publications, 2004.
²  - Norman GEISLER. Enciclopédia de apologética. São Paulo: Vida, 2002, p. 644
³ - Norman GEISLER & Frank TUREK. Não tenho fé suficiente para ser ateu. p.170

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